sábado, 31 de janeiro de 2015

Palavras que roubei



         Descobre-te todos os dias,

         deixa-te levar pelas tuas vontades,

         mas não enlouqueças por elas.

 Fernando Pessoa

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

As palavras que roubei



            Eu, que sou feio, sólido, e leal.
    
            A ti que és bela, frágil, assustada,

            Quero estimar-te, sempre, recatada

            Numa existência honesta, de cristal


Cesário verde

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

E Ela disse-me:



          Aterro na cama, afundo, não consigo pensar, estou só, sem forças e não consigo lutar. Passam um, dois e mais dias e eu sem me levantar, aos poucos saio do "chão", de rastos, na luta, para aos poucos poder viver, escondo a dor, até a próxima crise chegar.


sábado, 24 de janeiro de 2015

Palavras que roubei:



           E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada

           Que seja a minha noite uma alvorada,

           Que me saiba perder...pra me encontrar...


           Florbela Espanca

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

E Ela disse:me



        Os dias passam-me a correr, na ansiedade de que amanhã será um dia melhor, os dias parecem um riacho que ansioso corre para o mar.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Palavras que roubei



   
   
  Há uma Primavera em cada vida:

       É preciso cantá-la assim florida,

       Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

                 Florbela Espanca

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

E Ela disse:me



             Se não  te apetecer andar é uma opção tua, mas ao parares, não deixas os outros continuarem.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A Princesinha de Sanfins

Era uma vez uma princesinha que se chamava Ísis. Todos os anos, no verão ia com a sua família passar férias, a Sanfins do Douro, .uma terra de gentes de paz, e hospitaleira.
Assim que chegava, procurava instalar-se no melhor canto da casa, ou seja no sitio mais sossegado, sem confusão do entra e sai das visitas, e do reboliço de uma casa de férias.
O stress da viagem de carro, deixava-a de rastos, nos primeiros dias era só descansar, pelo contrário a sua família, era um entra e sai, sem parar.
Escusado será dizer que assim que eles saiam ela deitava-se na sua caminha e dormia, e dormia…
Do seu canto, ela ouvia as coisas mais incríveis, era a Toninha e as suas histórias infindáveis, sobre o passado vivido em Sanfins.
No seu canto Ísis suspirava, encolhia os ombros e até parece que sorria.
Quando estavam lá os pais do João, para passarem um fim de semana, era de morrer a rir, pois o Sr. Tininho, e D. Toninha animavam os serões com as suas anedotas reais e inventadas. O Sr. António devido à sua doença, ouvia tudo com muita atenção. O João e a Catarina namoravam e D. Carmita ria às bandeiras despregadas.
Do seu canto especial, a princesinha era atormentada, com o barulho dos foguetes, dos bombos, das fanfarras. Eram as festas populares e o povo adorava. Vinham do estrangeiro, filhos da terra que saíram à anos para outros países à procura de uma vida melhor, e voltavam nesta altura para festejar, em  honra de Nossa senhora da Piedade.
A certa altura a princesinha Ísis começava, a sentir saudades da sua casa de Lisboa, o seu 5º. Andar era mais tranquilo.
Ísis era a única na família, uma gata cinzenta e branca, e onde quer que estivesse, era o charme, que nem todas as criaturas conseguiam ter. Era preciso ter berço, e o de Ísis era um berço de Gata com postura de Rainha.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

E Ela disse-me



        O Amor Quando nasce,

        Não se sabe mostrar.

        Olha com um sorriso,

        Mas não consegue falar.






Palavras sérias